terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

a loucura dos sentimentos inexistentes

Desenho seu rosto, cada traço sutil, curvilíneo, delicado. Como a pedir à própria lua que lhe ilumine ressaltando ainda mais a beleza descrita em luz e sombra.

Desenho seu olhos, janela de sua alma. Janela pela qual enxergo o paraíso em paz.

Sinto o perfume em seu cabelo. Lembro-me de quando passava horas contadas como por minutos sentindo esse mesmo perfume.

Estou construindo para nós um castelo de areia, cujo alicerce se firma sobre uma lâmina d’água.

Direcionei todas as janelas para o Oeste. Não contaremos os dias que se iniciam, mas apenas os dias que se findam.

Já venho construindo esse castelo há um bom tempo, mas quando a construção avança e passo para o segundo pavimento, o primeiro pavimento se desfaz sobre a lâmina d’água. Não vou desistir.

Você merece o melhor. Guardarei em cera a felicidade, e viveremos para sempre em nossa morada.

Vou plantar um jardim, para deslumbre de seus olhos. Um jardim com flores vermelhas na cor do seu sangue.

Você ficará bem.

Não se preocupe. Tudo ficará bem.

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