terça-feira, 20 de novembro de 2012

folhas secas


O vento trouxe aos meus ouvidos uma doce voz. Correu apressado por entre as montanhas. As árvores sacudiram suas copas em alegria, dançando conduzidas por ele. Os lagos arrepiaram-se em vê-lo.

Louco vento que chega notável de tão longe! Trouxera um sorriso bem guardado?

Nos bosques cantaram e se alegraram. Dançaram felizes. - O vento chegou cantando a melodia! Labaredas de fogo dançaram com ele, estalaram e gritaram – o vento chegou!

Conversei com o vento sussurrando palavras não entoadas, mas, maldito vento, por quê? Por que seu recado não foi de alegria e sim de tristeza?

Vá vento louco destruidor! Vá e leve um recado de pranto de alma. Grite rasteiro por entre os troncos de árvores. Elas não mais dançarão com você.
Corra novamente apressado por entre as montanhas, mas corra baixo e leve daqui apenas folhas secas. Vá expulso, pois veio sem convite. Saia daqui.

A calma brisa trouxe aos meus ouvidos uma doce voz. Andou com elegância por entre as montanhas. As árvores acalmaram suas copas e tranquilizaram suas almas.

Doce brisa que chega tão silenciosa trazendo paz. Trouxera um sorriso bem guardado? 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

... nada seria

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, 
e não tivesse amor, 
seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, 
e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, 
e ainda que tivesse toda a fé, de tal maneira que transportasse os montes, 
e não tivesse amor, 
nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, 
e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado,
 e não tivesse amor, 
nada disso me aproveitaria."