domingo, 24 de abril de 2011

A nova Pangéia

Lembro-me exatamente quando começaram as famosas Movimentações. Lembro de a primeira ter ocorrido no início do ano de 2011. Houve um desespero generalizado quando as Movimentações começaram a ficar freqüentes, principalmente depois de a terceira destruir por completo o Continente Asiático. Tudo se destruiu em um período muito rápido.

O distúrbio partiu desse momento, quando, somando o descontrole financeiro mundial, a falta de alimento não contaminado, a dificuldade de acesso à água potável e muitos outros fatores, fez com que tudo se desmoronasse como se fosse um imenso castelo de areia feito pela humanidade e que decidimos por crer que jamais se destruiria. Muitos criam que “a grande visitação” estaria próxima, mas os anos se passavam, a natureza cada vez mais descontrolada, e nada do que era profetizado acontecia.

A Pangéia se formou novamente, e o pensamento generalizado que o Grande Deus havia adormecido era a única realidade dita e unânime entre todas as crenças. Tivemos que se esquecer de Deus e apenas sobreviver. Muitos morreram com a contaminação, muitos morreram assassinados pelos próprios vizinhos que agora lutavam por um pedaço de pão. E muitos morreram para servir de alimento para outros muitos.

A humanidade se tornou descrente e se firmou apenas nos instintos mais primários de sobrevivência. Todos achavam que o fim estava próximo, mas o fim nunca vinha, e antes de sua vinda, por nossas próprias mãos destruímos tudo. Descontrolamos a natureza.

A medicina estava avançada, mas agora, um simples amputamento já é motivo para o sacrifício e distribuição da carne para alimento. Os estudos dos astros e a habitação de outros planetas era uma realidade quase concretizada, mas agora só nos restou lembrar dos nomes e ler o que se acha nos livros que ainda não foram queimados. A tecnologia eletrônica estava presente em tudo, mas agora tudo se fez meras sucatas sem energia.

Essa é a grande provação, a maior de todas, principalmente por não ter sida profetizada. Não existe mais moeda, tudo é à base de troca ou luta. Não existe mais grandes nações, os limites territoriais foram destruídos. Não existe mais língua universal, retrocedemos por cair em desuso. A humanidade passa pela maior provação, a provação de se lembrar e lutar pela reconstrução em um momento histórico onde a simples sobrevivência já parece algo tão difícil de imaginar. A provação de se lembrar que existe Deus onde tudo parece provar o contrário. E assim seremos verdadeiramente separados.

domingo, 10 de abril de 2011

Waiting For The End - Linkin Park

This is not the end, this is not the beginning
Just a voice like a riot rocking every revision
But you listen to the tone and the violent rhythm and
Though the words sound steady, something empty's within 'em
We say yeah
With fists flying up in the air
Like we're holding onto something that's invisible there
'Cause we're living at the mercy of the pain and fear
Until we dead it
Forget it
Let it all disappear

Waiting for the end to come
wishing I had strength to stand
This is not what I had planned
It's out of my control
Flying at the speed of light
Thoughts were spinning in my head
So many things were left unsaid
It's hard to let you go

(Oh) I know what it takes to move on
(Oh) I know how it feels to lie
All I wanna do is trade this life for something new
Holding on to what I haven't got

Sitting in an empty room
Trying to forget the past
This was never meant to last
I wish it wasn't so

(Oh) I know what it takes to move on
(Oh) I know how it feels to lie
All I wanna do is trade this life for something new
Holding on to what I haven't got

What was left when that fire was gone
I thought it felt right but that right was wrong
All caught up in the eye of the storm
And trying to figure out what it's like moving on
And I don't even know what kind of things I've said
My mouth kept moving and my mind went dead
So, Picking up the pieces now where to begin
The hardest part of ending is starting again

All I wanna do is trade this life for something new
Holding on to what I haven't got

This is not the end, this is not the beginning
Just a voice like a riot rocking every revision
But you listen to the tone and the violent rhythm and
Though the words sound steady, something empty's within 'em
We say yeah
With fists flying up in the air
Like we're holding onto something that's invisible there
'Cause we're living at the mercy of the pain and fear
Until we dead it
Forget it
Let it all disappear

(Holding on to what I haven't got)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Um dia novo denovo

06:03 da manhã. O som da chapa quente que não se envergonha em exalar o odor de gordura velha sendo queimada.

Copos engordurados cheios de café quente. Quente, não novo. Apenas quente.

O som dos primeiros motores nervosos por saberem do trânsito que os espera. O ouvido ainda desacostumado com o som alto.

Pessoas que ainda não se lembraram de vestir suas máscaras. Poucas se atrevendo ser cordiais e arranhando um cumprimento apenas por terem sido habituadas a tal. Um “bom dia” vomitado sem nem se atentar para o real significado de sua existência.

Um bom momento para pensar, para refletir. Um bom momento para decidir os próximos passos. Para decidir o que fazer para esse dia não ser apenas mais um. Para decidir como fazer para esse dia ser único.