
Há de se notar que arranquei meus olhos.
Há de se notar que costurei minha boca.
Ando por esses mundos seguindo apenas minha mente e o que foi guardado nela.
Decidi trilhar todos os caminhos ao mesmo tempo. Decidi não ficar parado. Ouvi os conselhos dos sábios, li os livros que estavam fechados, bebi do cálice e vi o que anteriormente não era visto. Decidi mudar.
Sigo minha mente na loucura poética que me embriaga. Monto, faço, corrijo e detalho meus sonhos. Canto músicas; reescrevo refrões.
Pensaria em mil coisas para dizer, se tais mil valessem para algo. Gostaria de deixar algo, mas sinto que não é mais preciso (talvez nunca tenha sido). O que se fingiu sábio agora deve calar e ouvir. Tudo se acertou e todos os enigmas foram revelados.
Tenho orgulho e me sinto bem.
Não por mérito de outros, mas pelo seu próprio mérito alcançou todos os outros mundos que desejava alcançar.
Há de se notar que agora não é mais preciso olhar nem falar.
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