sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Eu quero sempre mais

A minha vida Eu preciso mudar Todo dia
Prá escapar Da rotina Dos meus desejos
Por seus beijos...

E os meus sonhos Eu procuro acordar
E perseguir meus sonhos..

Mas a realidade Que vem depois
Não é bem aquela Que planejei...

Eu quero sempre mais!... De ti!

Por isso hoje Estou tão triste
Por que querer está Tão longe de poder?

E quem eu quero Está tão longe
Longe de mim...

Longe de mim!

sábado, 16 de outubro de 2010

Histórias sempre se repetem

De forma inesperada e irreparável se mostrou.
De forma curta e esquecível se escondeu.
Nesse tempo, desenhou um mundo passível de amor ou desprezo,
e tivemos que criar nossas guerras para destruirmos o que estava construído.

Um se importa, somente um. E, sabendo, Ele quis mudar meu caminho.
Com um sopro desfez as trilhas que eu seguia, e me cegou.

Guardei coisas descartáveis. Embrulhei bem momentos perecíveis.
Sou um cego, um viajante, sou um que ainda restou.
Vivenciei dez mil anos passados e ainda sou novo. Eu, somente eu.
Morro. E quando penso que não, volto à vida. Sempre, a cada dia.

Busca insana para achar o que todos temem encontrar. Outros caminhos
surgem sob meus pés. Busco achar o caminho d'Ele. Um cego tentando ver.






terça-feira, 5 de outubro de 2010

os que se aprisionaram

Certa vez encontrei uma pessoa que, pelo tempo, distância e por culpa de nós mesmos, havíamos nos perdido. Essa pessoa não era mais como antes. Senti seu perfume, ouvi sua voz, mas não era a mesma que eu conhecia.

Não havia o mesmo brilho nos olhos, não havia o mesmo sorriso no rosto. Perdera sua espontaneidade. Não possuía mais sua bela insanidade.

Perguntei o que havia ocorrido e, antes de ter a resposta, percebi as marcas de grilhões em seus punhos e canelas. Vi várias cicatrizes redesenhando suas costas. Vi a exaustão em seus ombros.

Lembrei de casos semelhantes ocorridos naquela cidade. Não havia escravos, pois os grilhões estavam destrancados. Não havia maus-tratos, pois os senhores já estavam mortos.

Por que está assim? Perguntei novamente. Onde estão seus amigos? Por que andas sozinha?

Meus amigos não pagam minhas dívidas. – respondeu.

E, encerrando a fala, virou-se e retornou ao seu caminhar em direção às novas penitências.

Dizem que é assim a vida dos que venderam a alma: acordam, buscam dívidas pela manhã, pagam as dívidas a tarde, e dormem. Acordam no dia seguinte e novamente buscam dívidas pela manhã, pagam as dívidas a tarde, e dormem. E assim é dia após dia.